Bem Vindos!!!

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Estreia "Pé na Estrada"

Pé na estrada é um convite ao exercício da delicadeza! Pessoas gentis nos conduzem por uma fenda no tempo e nos levam a refletir sobre nossa condição humana e nosso olhar para o mundo.

 O cheiro do café fresquinho é a porta de entrada. 

Bem-vindos a Gentileza!

Atores da nova montagem do Saga: "Pé na Estrada"

De quem são essas palavras?

Na ultima sessão de "De quem são essas palavras" apresentamos a contribuição de Ivy Bandle ao espetáculo que está em fase de criação.

Agora é a vez de apresentarmos o texto da Manuela Figueiredo, que inspirou-se em sua vizinha para construir um texto que também dialoga super bem com nossa nova proposta, afinal, como já diria Tolstoi,  "Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia!"

"Uma senhora de formas arredondadas. Moradora de uma rua agitada, ela é o que se pode chamar de acumuladora. 

A garagem de uma casa entre os prédios é ocupada por sua proprietária e por centenas de quinquilharias, tendo livre apenas o caminho da porta até sua cadeira cansada.

Passando pela calçada, me sinto levada, sem o menor senso de educação, a olhar para dentro daquele mundo dentro de uma garagem. 

No meio das meias, caixas, vidros, araras de roupas e sapatos algo se mexe.

Um gato!

O homem da sua vida, a verdadeira paixão com quem tem tamanha intimidade ou simplesmente quem ela gostaria de ter sido um dia.

Mas o único...o único que tem livre acesso ao acumulo que deve ser seu interior"

Manuela Figueiredo

Aprontando Máscaras....

Enquanto a criação não chega em seu produto...
Artistas estudam, trabalham e debatem para encontrar o que apresentar.
Enquanto isso o público espera, pergunta e quer logo se adiantar:
Mas o que o SAGA tá pensando em aprontar?


Tudo, tudo, tudo, não podemos revelar!
Mas esse blog existe pra gente se comunicar...Vamos dar uma palhinha, só pra ajudar!Mas tem que aparecer na apresentação pra descobrir no que é que isso vai dar!


Abaixo, o processo de construção de algumas MÁSCARAS, que futuramente representarão a face uma sociedade: 




                      Reunimos o material necessário...
 ...e começamos o trabalho!

Enrolar, Colar, Medir, Moldar, Desfazer, Refazer, Amarrar, Testar e... 

 Finalmente! Concluímos a primeira etapa desse trabalho manual:

 A estrutura da máscara está aí! Pronta para ser usada do jeito que a criatividade mandar!

De quem são essas palavras?

Seguindo o clima da postagem anterior, os "grávidos de ideias" já começam a exibir os frutos daquele encontro.

Uma de nossas atrizes, deu sua contribuição escrevendo um texto que se encaixou muito bem no novo espetáculo do Grupo Teatral Saga.

Abaixo está o texto-poesia. Aproveite para imaginar as mil e uma possibilidades do nosso novo trabalho.

"De quem são essas palavras?" apresenta, as palavras de Ivy Bandlle:

“O verão já meava o calendário, mas só ali se revelava autêntico.

Ela seguia numa tentativa de fugir daquele mormaço ardente de rasgar a pele, corria devagar como
quem fugia da chuva dos raios de sol pontiagudos.

De repente, quando havia adotado um andar mecanicamente coreografado, se viu hipnotizada pelo vermelho rubi que esmaltava as unhas dos seus pés.

E como quem dá ouvidos à lábia de uma flor, ouviu que os seus dedos lhe sussurravam o grito que pairava em sua mente:

-“Lembre-se: que as coisas agora devem ser diferentes!”

Foi assim, que orvalhou uma vontade tremenda de que as coisas a partir dali fossem realmente diferentes!

Mas precisava dividir aquele segredo escancarado com um qualquer alguém.

Observou o que dizia o relógio da pequena capela da Senhora Nossa, que estava logo adiante e decidiu que ali entraria para que a Santa fosse a sua confidente.

Com os rubis no pé, entrou lá pela primeira vez, como se a casa já lhe fosse familiar.
Entrou.
Sentou.
Se sentiu invadida por uma paz interior, que há muito não sentia.

Conversou em forma de oração.

E assim decretou que aquele segredo, seria então verdade.

Decidiu que como os seus pés, sua vida se vermelharia.”

Grávidos de Ideias!

O processo de construção que se inicia tem uma característica nova para o Grupo Teatral Saga: a criação.

Nos sete anos de história do grupo, todas os espetáculos nasceram como montagem de um texto dramático, com adaptação de personagens e atualização de contexto.

Sob nova direção e procurando inovação, o objetivo é uma criação colaborativa, derivada de uma dramaturgia de base produzida por Eduardo Leão.

Para tanto é necessário inspirações, referências, ingredientes que alimentem o que no próximo momento será criatura.

E assim tivemos um ensaio de discussões, pesquisas e compartilhamentos com um único foco: Ficarmos todos "Grávidos de Ideias"!



Abaixo fica uma pequena dica do que vimos. Sem dúvida, um espaço fértil:
http://www.portacurtas.org.br/beta/filme/?name=ilha_das_flores

Ilha das Flores:
Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.